8/10/2009

A minha bandeira portuguesa


Primeiro que tudo, preciso afirmar com clareza que não sou Monárquico. Nem Republicano. Nem Fascista. Nem Comunista. Ninguém me pergunte o que sou, porque eu também não sei. Mas certamente, nenhum dos rótulos que enunciei me servem.

Dito isto, passo a confessar que nunca me agradou a bandeira verde-rubra dos republicanos. Acho-a tremendamente dissonante, desarmoniosa, berrante, negativa. Tem o vermelho dos comunistas (sangue, guerra, violência, tortura) derramado sobre o verde dos fascistas e legionários que a eles se equivalem em género, número e grau. Portugal não tem nada a ver com essas cores predominantes. Tem-nas em pequena quantidade no seu escudo, mas jamais nas cores básicas da sua bandeira.

Por isso, resolvi refazer a bandeira nacional, de acordo com critérios racionais e históricos, que mais não são do que a face visível dos critérios ocultos que subjazem à existência de qualquer nação.

As cores azul e branca sempre figuraram na bandeira portuguesa desde o primeiro momento. Os escudos do Conde D. Henrique, bem como dos reis Afonso Henriques e Sancho I eram azuis e brancos. Isso para mim é suficiente para estabelecer que a fundação da nacionalidade se baseia nessas duas cores fundamentais. Por isso, escolhi-as para fundo da minha bandeira portuguesa. De resto, esse fundo existiu nas últimas bandeiras monárquicas portuguesas, a partir de D. Pedro IV (que, como se sabe, foi também o Imperador D. Pedro I do Brasil).

Quanto ao escudo, nada de coroas ou símbolos de poder absoluto. Achei que era importante usar o brasão que se sabe ter sido o primeiro a ser usado como bandeira nacional: o escudo de D. João I, Mestre de Avis. Se D. Afonso Henriques iniciou uma dinastia de fundação e consolidação de um país, D. João I iniciou uma dinastia de expansão e glória como nunca mais seriam vistas na nossa história.

Assim surgiu a minha bandeira portuguesa, que proponho aos meus compatriotas seja adotada em substituição do trapo sujo e sem significado que é a bandeira atual. Talvez assim possamos regressar às raízes e restaurar um pouco da nossa grandeza de outrora.

Até lá, eu vou considerando esta como a verdadeira bandeira portuguesa, fazendo-a flutuar nos planos onde reinam a Luz, a Vontade e o Poder.

7 comentários:

Anônimo disse...

Zeca, devo dizer que o teu projeto de bandeira ficou muito bonito, além de lembrar um pouco a bandeira do meu amado Rio de Janeiro, igualmente alvi-celeste. Nota dez! Abraço, Ivan

Fantomas disse...

Realmente... Muito melhor que a bandeira verde-rubra!

Santos Oliveira disse...

Aceito e aplaudo a tua Bandeira. Servi, na Guerra, debaixo desta outra verde/rubra, mas fico com a sensação (certeza)que aquele que a pisou e cuspiu, em solo Francês, não o terá feito por concordar contigo, nem sequer com a História.
Pátria é Mãe.
Mas andam por aí tantos filhos da mãe...

Zeca do Rock disse...

Caro Santos Oliveira, talvez nos tenhamos cruzado na Guiné, pois ambos lá servimos. Que ninguém nos dê lições de patriotismo, não acha?

Um abraço,

Zeca

Anônimo disse...

Zeca, com o perdão da ignorância, poderias dizer-me algo a respeito do fato histórico citado pelo Santos Oliveira? Confesso que desconhecia tal passagem... Abraço, Ivan

Santos Oliveira disse...

Claro, Amigão

Patriotismo é coisa séria, levada a brincar com quem brinca com a nossa vida. Assim se "fundaram" os Políticos.
Mas, se perguntares para que servem, eu não sei responder; apenas lhes sinto o efeito de despeito por não conseguirem ser HOMENS e a inveja de nunca terem lutado por PORTUGAL.
Cruzamo-nos naquela Terra, no tempo e quiçá, talvez nos tenhamos sentado numa mesma mesa do Café. Tu estavas de chegada (Mai66) e eu estava fazendo passar o tempo para a saída (19Set66).

Abraço, do
Santos Oliveira

Zeca do Rock disse...

Amigo Santos Oliveira, esses foram tempos cuja recordação ainda me traz muitos, muitos pesadelos.

Quanto aos políticos, que fabricam as guerras e os militares, são víboras venenosas que desprezo veementemente.

Outro Abraço!