12/03/2009

Fim de Namoro

Declaro aqui publicamente que, após um período de alguns meses de zangas e desilusões, está definitivamente terminado o meu namoro com o Senhor Barack Hussein Obama.

Há muitos anos que deixei de apoiar políticos. Sempre exerci e exerço o meu direito de voto em todas as eleições, esforçando-me por votar no menos péssimo dos candidatos que se apresentam. Jamais tenho a ingenuidade de pensar que qualquer dos candidatos irá fazer algo melhor do que os seus antecessores no cargo. Longe de mim tal pensamento infantil!

Abri uma pequena excepção com o Senhor Obama, dando-lhe, durante um período de tempo muito limitado, o chamado "benefício da dúvida". É esse benefício que agora formalmente lhe retiro. Afinal o fulano é mesmo igualzinho a todos os outros políticos. Só mudou a cor exterior: o conteúdo é feito do mesmo esterco.

Lamentavelmente,

Zeca

10/31/2009

O Empresário Arlindo Conde



Quase ninguém mais se lembra do empresário Arlindo Conde, nem mesmo para dizer que ele era o pai do roqueiro Fernando Conde, Por isso, quero aqui prestar-lhe uma devida homenagem.

Arlindo Conde fez muito pela música portuguesa no início dos anos 60. O seu passatempo PAC (Produções Arlindo Conde) que acontecia no Eden Teatro aos domingos de manhã, foi o mais importante acontecimento musical lisboeta (quiçá nacional) durante muito tempo.

Fala-se muito dos concursos de rock do Teatro Monumental e outras iniciativas semelhantes promovidas por outros empresários. Só o que ninguém diz é que esses outros empresários não pagavam aos artistas, ficavam-lhes a dever eternamente os escassos cachets que se praticavam na época. Por isso, era-lhes muito prático promover esses "concursos", que não lhes custavam um centavo de qualquer maneira, porque a rapaziada queria era dar-se a conhecer ao público. Assim, sempre com lotações esgotadas, enchiam os bolsos à custa dos inocentes candidatos a roqueiros que lhes caíam nas garras. Devo dizer que nunca participei de nenhum desses "concursos" e que, nas poucas vezes que apareci em espectáculos promovidos por esses empresários, exigia o pagamento antes de entrar no palco - ou não entrava. Isto após ter sido atingido por diversos calotes, é claro.

Arlindo Conde era a excepção. Correctíssimo nas suas contas, não atrasava um dia os pagamentos aos artistas. É preciso que a verdade seja conhecida. Pela minha parte, nunca hesitei em dizê-la, tanto na época como agora, por isso a minha fama de "enfant terrible". Numa terra de vigaristas, Arlindo Conde destoava pela honestidade. Parabéns Arlindo!

P.S.: Vim a saber recentemente que o Arlindo Conde foi alvo de feroz perseguição pelos pseudo-comunas da abrilada (golpe neo-fascista de 25 de Abril de 1974), e que muitos daqueles que ele ajudou a lançar na carreira artística lhe viraram as costas, outros chegaram mesmo a apunhalá-lo. Em Portugal, infelizmente, é assim mesmo. Somente os medíocres, os oportunistas, os ladrões e os vigaristas vingam na vida.

Fotos de 1960; da direita para a esquerda:
Foto 1: Zeca, Arlindo Conde, J. Dores (meu pai, escritor), Fernando Conde.
Foto 2: Arlindo Conde, Zeca, locutor-apresentador (esqueci o nome), Fernando Conde
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10/13/2009

A minha área de trabalho


É neste canto do meu amplo escritório, que eu passo 3/4 partes do meu dia.

Sou utilizador de computadores desde os anos 70, quando adquiri o meu primeiro Sinclair ZX-Spectrum de 16 K-RAM, que toda a gente utilizava para brincar com jogos, mas que eu consegui pôr a funcionar para finalidades de trabalho. Depois saiu o 32-K e o 48-K, que foi o último que eu tive, até que o preço dos PCs caiu bastante e eu passei a trabalhar com eles. As graduações seguintes do Spectrum (acho que chegou até 128 K de RAM) não cheguei a adquirir.

Não vale a pena dizer aqui a aventura que foi todo este percurso desde o meu primeiro computador até à poderosa máquina atual, que tem mais poder de computação do que tinham todos os computadores do mundo do início dos anos 70 juntos. É uma ferramenta sem a qual não imagino a vida. Curiosamente, nunca gostei de jogos e continuo a não gostar, portanto jamais usei um computador como um brinquedo...

Quanto à Internet, também posso considerar-me pioneiro. Utilizo-a desde que o seu uso - que inicialmente era restrito a organizações governamentais e militares e algumas universidades - foi liberado para o público em geral, em meados dos anos 90. Com a família e amigos distribuídos pelo mundo afora, seria impossível manter um contacto tão frequente, não fora o aparecimento da Internet e de todas as aplicações baseadas nela, como o e-mail e o VOIP, que permite fazer chamadas telefónicas a custo próximo do zero.

A Heather e o seu Laptop


Em outro canto do escritório, fica a área da Heather.

A Shandy fez cruzeiro pelas Bahamas & Cia.





A ida mensal à podóloga


O pior são as cócegas!...

A Sophia, a Rebecca e os (outros) gatinhos



9/10/2009

8/10/2009

A minha bandeira portuguesa


Primeiro que tudo, preciso afirmar com clareza que não sou Monárquico. Nem Republicano. Nem Fascista. Nem Comunista. Ninguém me pergunte o que sou, porque eu também não sei. Mas certamente, nenhum dos rótulos que enunciei me servem.

Dito isto, passo a confessar que nunca me agradou a bandeira verde-rubra dos republicanos. Acho-a tremendamente dissonante, desarmoniosa, berrante, negativa. Tem o vermelho dos comunistas (sangue, guerra, violência, tortura) derramado sobre o verde dos fascistas e legionários que a eles se equivalem em género, número e grau. Portugal não tem nada a ver com essas cores predominantes. Tem-nas em pequena quantidade no seu escudo, mas jamais nas cores básicas da sua bandeira.

Por isso, resolvi refazer a bandeira nacional, de acordo com critérios racionais e históricos, que mais não são do que a face visível dos critérios ocultos que subjazem à existência de qualquer nação.

As cores azul e branca sempre figuraram na bandeira portuguesa desde o primeiro momento. Os escudos do Conde D. Henrique, bem como dos reis Afonso Henriques e Sancho I eram azuis e brancos. Isso para mim é suficiente para estabelecer que a fundação da nacionalidade se baseia nessas duas cores fundamentais. Por isso, escolhi-as para fundo da minha bandeira portuguesa. De resto, esse fundo existiu nas últimas bandeiras monárquicas portuguesas, a partir de D. Pedro IV (que, como se sabe, foi também o Imperador D. Pedro I do Brasil).

Quanto ao escudo, nada de coroas ou símbolos de poder absoluto. Achei que era importante usar o brasão que se sabe ter sido o primeiro a ser usado como bandeira nacional: o escudo de D. João I, Mestre de Avis. Se D. Afonso Henriques iniciou uma dinastia de fundação e consolidação de um país, D. João I iniciou uma dinastia de expansão e glória como nunca mais seriam vistas na nossa história.

Assim surgiu a minha bandeira portuguesa, que proponho aos meus compatriotas seja adotada em substituição do trapo sujo e sem significado que é a bandeira atual. Talvez assim possamos regressar às raízes e restaurar um pouco da nossa grandeza de outrora.

Até lá, eu vou considerando esta como a verdadeira bandeira portuguesa, fazendo-a flutuar nos planos onde reinam a Luz, a Vontade e o Poder.

8/03/2009

Carla e Heather


A Carla e a Heather (ambas sem maquiagem) preparando-se para o almoço de domingo (ontem). As febras de porco estavam a grelhar na chapa por minha conta, que aproveitei para rapidamente tirar esta foto.

7/12/2009

Dando Notícias (2)


Mais uma postagem de caráter informativo.

Continuamos labutando pela reorganização das nossas fontes de rendimento.

As instalações da nova escola de idiomas no perímetro da nossa casa ficaram excelentes. Melhores do que em qualquer das casas que alugamos anteriormente para o efeito. As nossas salas são amplas, arejadas e confortáveis, sem infiltrações, humidades ou bolor, bem pintadas e limpas. Não perdemos nem um centímetro quadrado do nosso espaço social, porque as 5 salas de aulas que temos surgiram de espaços não aproveitados ou subaproveitados. Continuamos com a nossa área social integral, incluindo uma suite para visitas sempre pronta a ser utilizada. Melhor ainda, aproveitámos para fazer algumas melhorias e remanejamentos de móveis, etc, que deram uma cara nova e rejuvenescida à propriedade.

Estamos agora a fazer uma divulgação seletiva da nova localização da escola junto aos bairros circundantes, a fim de angariar alunos localmente, porque perdemos a maioria dos que sobravam da fase anterior.

Simultaneamente, continuamos a fabricar e distribuir as nossas doses individuais de Toucinho do Céu, que vêm tendo bastante sucesso e começam a ter clientela certa de restaurantes e cafés, além de consumidores avulsos. Em breve introduziremos um outro produto para alargar o leque de possíveis clientes interessados.

O nosso romance de amor, novo de 44 anos, continua florescendo como no primeiro dia. É deslumbrante a experiência de crescermos juntos, física e espiritualmente.

Filhas e netas, estejam próximas ou distantes, vivem existências paralelas às nossas, por vezes até divergentes, como se pertencessemos a planetas diferentes. Mas enfim, lá se vão tentando descobrir os máximos denominadores comuns que permitem a continuidade da família. O mais curioso é que - ao contrário do que sucedia entre nós e as gerações anteriores - as gerações das nossas filhas e netas são, em vários aspectos essenciais, mais conservadoras e estáticas do que nós. Mais intransigentes e menos afoitas. Decididamente mais quadradas!

Cada vez se torna mais claro (como se tal fosse possível) que demos o passo certo quando nos mudámos para o Brasil. Os acontecimentos mundiais do dia-a-dia no-lo demonstram diariamente ao vivo e a cores. É um verdadeiro privilégio residir nesta terra abençoada.

Beijos para todos!

6/07/2009

Santos Populares

No Brasil, a época dos Santos Populares chama-se Festas Juninas. Durante 6 sábados consecutivos há festa da grossa na Casa de Portugal de Campinas, com vinho e pratos tradicionais portugueses. A Heather e eu, marcamos a nossa presença vendendo doces portugueses para a sobremesa, designadamente as porções individuais da nossa receita de "toucinho do céu", que se podem ver na foto em primeiro plano nas suas vistosas embalagens.

Uma menção especial para o Rancho Folclórico da Casa de Portugal de Campinas, que nada fica a dever aos melhores existentes na metrópole. Especializado em cantares e dançares minhotos, a todos delicia com as suas chulas e viras eximiamente executados.

As netas vão crescendo


Em 11 de Maio a Rebecca fez 17 anos. Em 5 de Junho a Sophia fez 14, dia em que foi tirada esta foto. Parabéns!!!

5/15/2009

Pão, Amor e Totobola: Sonho Realizado!

Há cerca de um ano e picos lancei um apelo público para que alguém me conseguisse arranjar uma cópia do filme "Pão, Amor e Totobola", no qual tive uma participação.

Há muitos anos que vinha fazendo eu próprio essa busca, sem o menor sucesso. Julguei sinceramente ser uma missão impossível, por vários motivos óbvios, entre os quais o facto de que NUNCA foi lançado em DVD.

Todavia, como foi feito um lançamento em VHS e circulou pelo mercado dos vídeo-clubes, fiquei com uma ténue esperança de que o milagre se pudesse realizar um dia.

Pois, meus amigos, esse dia chegou.

Em 23 de Abril passado, recebi um e-mail do amigo Carlos Santos dizendo o seguinte:

"Tenho andado a "farejar" por tudo quanto é sítio e acho que descobri uma cópia do filme - Pão Amor e Totobola. Amanhã mesmo vou a casa do Daniel Bacelar para passar essa cópia de VHS para DVD."

Fiquei em polvorosa; nem queria acreditar. Seria que o milagre se realizara?

Pelo que sei, o Daniel e a Fernanda Bacelar trabalharam com afinco, esmero e zelo no projeto. E, sobretudo, com uma dose enorme de carinho. No dia 27 de Abril, um e-mail do Daniel afirmava:

"ZECA
Já vai a caminho!!!!
Agora não rôas as unhas!!!!!"

Mas é claro que fiquei a roer as unhas. O serviço postal no Brasil, ultimamente, tem estado péssimo. Por isso preparei-me para uma longa espera. O suspense tornou-se obsessivo.

No mesmo dia, o Daniel ainda mandou outra mensagem, na qual explicava:

"O mérito é todo do Carlos que foi descobrir o VHS no espólio de uma escola qualquer. Segundo parece quando a LUSOMUNDO (a antiga) faliu, ofereceu a uma série de escolas os filmes que tinham em armazém. Este "Pão Amor e Totobola" nem sequer chegou a estar á venda ao público. Como poderás ver no DVD, a imagem está óptima, pois o VHS nunca tinha sido visionado em sitio nenhum."

Finalmente, ontem, o pacote chegou. São e salvo. Um trabalho perfeito. A cópia está, realmente, em estupendas condições e o documento histórico, que mostra claramente a Lisboa do início dos anos 60, encontra-se finalmente em meu poder.

É também o resgate de uma parte da minha juventude porque, embora as minhas imagens na película sejam breves, demasiado breves até, trouxeram de volta à minha memória pessoas, episódios e momentos que foram muito gostosos de reviver.

Não tenho palavras para agradecer ao Carlos Santos, e ao Daniel e Fernanda Bacelar por esta demonstração fantástica de carinho, de simpatia, de camaradagem e de altruísmo. Foi um gesto inestimável, que para sempre figurará em lugar de ouro no meu coração.

Bem hajam, meus amigos, muito obrigado!

5/10/2009

Dando Notícias (1)

Faz tempo que não dou a devida e merecida atenção ao blog. Mas tenho um bom par de desculpas muitíssimo plausíveis para justificar isso.

A primeira prende-se com motivos de saúde: duas operações e uma crise de pancreatite aguda deixaram-me fora de jogo durante um tempo. Nada de muito grave; somente chato... e doloroso.

A segunda prende-se com a crise econômica que o mundo atravessa: a nossa escola deixou de ser rentável e precisámos repensar toda a nossa estrutura profissional para contornar o problema, já que os parcos rendimentos que possuímos (aposentadoria, juros, etc) não cobrem nem metade das nossas despesas, apesar de levarmos uma existência totalmente espartana. Decidimos largar as instalações alugadas que mantínhamos e reconverter parte da nosssa casa para funcionar como escola. Estamos na fase final dessa reconversão, mas ainda nos faltam os alunos locais de que carecemos para faturar o mínimo necessário. Vamos passar as próximas semanas focalizados na divulgação. As mudanças no web site da escola refletem tudo isto: www.globalteam.com.br/.

Um terceiro motivo para esta ausência temporária tem a ver com a tarefa a que meti ombros de publicar diversas obras na net em formato de e-books e registros mp3. Trata-se de trabalhos do foro esotérico em que estive envolvido nos últimos 30 anos. Uma dádiva ao mundo, já que ofereço os downloads completamente de graça: www.globalteam.com.br/amerlantis. Estou a meio desse trabalho moroso mas muito gratificante. O número de pessoas que têm baixado as obras é incrível, o que revela a apetência que o público tem por este tipo de informação. Isso dá-me uma grande alegria espiritual.

Hoje é o dia de aniversário da Heather. Não vamos fazer nenhuma festa, nem sair para comer fora. Continuaremos com o nosso estilo espartano de vida, cozinhando a nossa própria comida, e dando graças pela ventura de continuarmos juntos, consolidando um amor de quatro décadas e meia, que resiste a todas as crises e abalos com total estoicismo e verticalidade.

Parabéns, Heather, a tua juventude é perene!

1/11/2009

Feliz Ano Novo de 2009!

Como quase todos os anos acontece, ficámos num período de recesso durante a época de Natal, meu aniversário e Revéillon.
Aconteceu muita coisa durante o ano de 2008 que merecia uma profunda e elaborada reflexão, para dali se poderem extrair as devidas conclusões e consequências, tanto ao nível pessoal e familiar, como ao nível planetário e espiritual. Nesta data ainda é cedo para considerar esse trabalho completo mas já é possível ter alguma perspectiva que nos deixa antever as linhas gerais do que tem que ser feito em 2009 e daí em diante.
O ano de 2009 vai ser um ano de grandes mudanças. Algumas são-nos impostas do exterior, mas outras têm que ser fruto do nosso livre-arbítrio e poder de adaptação às novas realidades que aí estão, mais as que estão por vir. Temos todos que estar fortes e flexíveis para todas as eventualidades. Não adianta negar as transformações e, muito menos, tentar resistir-lhes. Agora, mais do que nunca, remar contra a maré é contra-producente.
Após termos posto em prática o nosso plano de mudanças pessoais e familiares, devemos apressar-nos a colaborar na co-criação do plano planetário. Para tanto, devemos sintonizar-nos mentalmente com os milhões de outros seres humanos que compartilham conosco dos ideiais de justiça, fraternidade e amor universais, em conjunto com os grandes Mestres da Sabedoria Universal, nos planos mais elevados.
Entrámos o ano sob a influência de uma das mais injustas e cruéis carnificinas que este planeta jamais conheceu. O genocídio praticado pelos sionistas sobre o povo indefeso da Palestina é inaceitável, imperdoável e de uma imoralidade atroz. Todavia, as grandes potências mundiais fecham os olhos em silenciosa cumplicidade. Os nazis europeus e os segregacionistas sul-africanos começam a parecer-nos verdadeiros aprendizes de feiticeiro em comparação com os carrascos sionistas "à la Pol Pot". Isto é muito, muito grave, e somente pode augurar catástrofes inimagináveis, que inevitavelmente podem surgir em resposta a este holocausto. Porque violência gera violência, o ciclo pode alcançar proporções apocalípticas. Todos precisamos usar a maior força do nosso poder mental para ajudar a evitar o pior.
É, portanto, no conhecimento das grandes dificuldades que se aproximam (e apesar disso), que desejo a todos os meus familiares, amigos e leitores em geral, um novo ano de 2009 cheio de saúde, paz profunda e muito amor.
Bem hajam!DSC02700a