10/31/2009

O Empresário Arlindo Conde



Quase ninguém mais se lembra do empresário Arlindo Conde, nem mesmo para dizer que ele era o pai do roqueiro Fernando Conde, Por isso, quero aqui prestar-lhe uma devida homenagem.

Arlindo Conde fez muito pela música portuguesa no início dos anos 60. O seu passatempo PAC (Produções Arlindo Conde) que acontecia no Eden Teatro aos domingos de manhã, foi o mais importante acontecimento musical lisboeta (quiçá nacional) durante muito tempo.

Fala-se muito dos concursos de rock do Teatro Monumental e outras iniciativas semelhantes promovidas por outros empresários. Só o que ninguém diz é que esses outros empresários não pagavam aos artistas, ficavam-lhes a dever eternamente os escassos cachets que se praticavam na época. Por isso, era-lhes muito prático promover esses "concursos", que não lhes custavam um centavo de qualquer maneira, porque a rapaziada queria era dar-se a conhecer ao público. Assim, sempre com lotações esgotadas, enchiam os bolsos à custa dos inocentes candidatos a roqueiros que lhes caíam nas garras. Devo dizer que nunca participei de nenhum desses "concursos" e que, nas poucas vezes que apareci em espectáculos promovidos por esses empresários, exigia o pagamento antes de entrar no palco - ou não entrava. Isto após ter sido atingido por diversos calotes, é claro.

Arlindo Conde era a excepção. Correctíssimo nas suas contas, não atrasava um dia os pagamentos aos artistas. É preciso que a verdade seja conhecida. Pela minha parte, nunca hesitei em dizê-la, tanto na época como agora, por isso a minha fama de "enfant terrible". Numa terra de vigaristas, Arlindo Conde destoava pela honestidade. Parabéns Arlindo!

P.S.: Vim a saber recentemente que o Arlindo Conde foi alvo de feroz perseguição pelos pseudo-comunas da abrilada (golpe neo-fascista de 25 de Abril de 1974), e que muitos daqueles que ele ajudou a lançar na carreira artística lhe viraram as costas, outros chegaram mesmo a apunhalá-lo. Em Portugal, infelizmente, é assim mesmo. Somente os medíocres, os oportunistas, os ladrões e os vigaristas vingam na vida.

Fotos de 1960; da direita para a esquerda:
Foto 1: Zeca, Arlindo Conde, J. Dores (meu pai, escritor), Fernando Conde.
Foto 2: Arlindo Conde, Zeca, locutor-apresentador (esqueci o nome), Fernando Conde
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10/13/2009

A minha área de trabalho


É neste canto do meu amplo escritório, que eu passo 3/4 partes do meu dia.

Sou utilizador de computadores desde os anos 70, quando adquiri o meu primeiro Sinclair ZX-Spectrum de 16 K-RAM, que toda a gente utilizava para brincar com jogos, mas que eu consegui pôr a funcionar para finalidades de trabalho. Depois saiu o 32-K e o 48-K, que foi o último que eu tive, até que o preço dos PCs caiu bastante e eu passei a trabalhar com eles. As graduações seguintes do Spectrum (acho que chegou até 128 K de RAM) não cheguei a adquirir.

Não vale a pena dizer aqui a aventura que foi todo este percurso desde o meu primeiro computador até à poderosa máquina atual, que tem mais poder de computação do que tinham todos os computadores do mundo do início dos anos 70 juntos. É uma ferramenta sem a qual não imagino a vida. Curiosamente, nunca gostei de jogos e continuo a não gostar, portanto jamais usei um computador como um brinquedo...

Quanto à Internet, também posso considerar-me pioneiro. Utilizo-a desde que o seu uso - que inicialmente era restrito a organizações governamentais e militares e algumas universidades - foi liberado para o público em geral, em meados dos anos 90. Com a família e amigos distribuídos pelo mundo afora, seria impossível manter um contacto tão frequente, não fora o aparecimento da Internet e de todas as aplicações baseadas nela, como o e-mail e o VOIP, que permite fazer chamadas telefónicas a custo próximo do zero.

A Heather e o seu Laptop


Em outro canto do escritório, fica a área da Heather.

A Shandy fez cruzeiro pelas Bahamas & Cia.





A ida mensal à podóloga


O pior são as cócegas!...

A Sophia, a Rebecca e os (outros) gatinhos