Igreja de Santa Isabel, Lisboa.
A Maria Clarisse é o meu familiar mais próximo ainda existente em Portugal. Somos primos em 3º grau, ou seja, a minha mãe era prima em 1º grau do pai dela. Somos quase da mesma idade. Foi muito bom visitá-la na recente viagem a Portugal. Com o marido, Waldemar e filha mais nova, Ana, jantámos uns deliciosos “pezinhos de coentrada” no restaurante Magano, em Campo de Ourique.
Hoje é o nosso dia dos namorados. Por isso montei um clip de flash-back da nossa história comum mais antiga e mais recente. Conhecemo-nos em 17 de Junho de 1965 e jamais nos separámos. Amamo-nos como no primeiro dia, acumulando a paixão da juventude com a sobriedade do amadurecimento. Os nossos segredos são a tolerância, a compreensão, a camaradagem, a cumplicidade e o amor sem limites. Esse é o grande legado que deixamos à nossa descendência.
Como música de fundo, “Miss Budd”, composto em 1965 quando iniciámos o namoro, e “Baby”, composto nos anos 80 em Lisboa. Ambos são dedicados à Heather.
Montei um novo blog para vender uma parte substancial dos meus muitos milhares de discos de vinil acumulados ao longo de mais de 60 anos. A todos quanto estejam interessados, o endereço de Vinyl Parade é: http://vinylparade.blogspot.com/.
Divulguem entre os colecionadores!
Ontem, dia 15 de Maio, foi dia de juntar toda a gente em Campinas para um múltipla celebração: aniversários da Heather e da Rebecca, dia das mães e Páscoa, porque não pudemos estar juntos nessas datas. A Rebecca trouxe o seu namorado de há muitos anos, o Felipe, e a Sophia trouxe o namorado de há 2 meses, o Renan. Ficaram algumas fotos para recordar:
Temos nesta foto a Sophia, a Ana Carla e a Rebecca a preto-e-branco. Acho uma belíssima fotografia. E vocês. o que acham? Deixem os vossos comentários, não sejam preguiçosos!
É uma composição de Bob Elgin, Luther Dixon e Kay Roger. A primeira interpretação que conheci foi pelo Gene McDaniels em 1961. Fez parte de um EP do artista, em que também constam “Tower of Strength” e “The Secret”. Fiquei deslumbrado. Tanto não poderei dizer da versão seguinte que apareceu em Portugal, na voz de Johnny Hallyday, com o título de “Avec une Poignée de Terre”.
Coloquei esta música no meu repertório desde o primeiro dia qua a conheci. Esta é uma interpretação que gravei em 1986, 2 anos antes de me retirar para o Brasil, na biblioteca do meu apartamento de Alfragide, acompanhado com um violão de 12 cordas.
A minha neta Sophia (15) está já numa fase bem adiantada do aprendizado do violão e revela grande habilidade e propensão musical. Aguardemos o seu desabrochar nesta área.
Aqui deixamos a nossa homenagem a todos os que lá estiveram conosco e voltaram, uns vivos, outros mortos, outros semi-vivos, outros semi-mortos.
Os nossos amigos Ciete e Fernando já estiveram conosco em Campinas quatro vezes. Desta última visita, em Dezembro de 2010, ficaram as 32 fotos do álbum abaixo.
Com o lançamento, hoje, de mais un duplo CD que inclui uma música minha, fica assim organizada a minha modesta discografia:
1961 – Zeca do Rock e o Conjunto de Manuel Viegas – EP Alvorada MEP 60425
(Menina, Sansão foi Enganado, Nazaré Rock, Dezassete)
1963 – Pão Amor e Totobola (trilha sonora) – EP Parlophone LMEP 1.155
(Twist para Dois)
1997 – Biografia do POP/Rock – Duplo CD Movieplay MOV 30.367-A/B
(Sansão foi Enganado)
2007 – 50 anos de Música Vol. 04 – Os Reis do Ritmo / Anos 50/60 – CD EMI 00946 3 91413 2 6
(Twist para Dois)
2010 – Óculos de Sol – Sucessos do Verão de 60 e 70 – Duplo CD iPlay/VC IPV 1708 2
2010 – Caloiros da Canção – Duplo CD iPlay/VC IPV 1710 2
(Twist para Dois)
Como pode ser verificado, o tema “Twist para Dois”, da trilha sonora do filme “Pão, Amor e Totobola”, já foi reeditado 3 vezes em CD e o tema “Sansão foi Enganado” foi reeditado uma vez. Isto por causa da guerra das editoras e da falta de cooperação umas com as outras quando são organizadas compilações. Por isso, os temas que – até agora – ficaram de fora, são, na realidade, os que mais sucesso fizeram nos anos 60, o que não deixa de ser bizarro. Só gostaria de salientar que, em países “subdesenvolvidos'’ como o Reino Unido e os Estados Unidos da América, este fenómeno não se verifica e a cooperação impera. Porque será?!…
Desde o século passado que não fazíamos um churrasco a sério aqui em casa. Aproveitámos agora o aniversário da Ana Carla para quebrar o enguiço. Com a presença de amigos e colegas de trabalho dela, o churrasco ocorreu no domingo. dia 14 de Novembro, já que a data verdadeira do nascimento (11/11 – dia de São Martinho) caiu numa 5ª feira.
Aqui fica um breve apontamento em vídeo do acontecimento:
Pssámos a segunda quinzena na Virgínia. Visitámos a nossa filha Shandy e conhecemos alguns dos seus amigos. Revimos a Lisette e o Bobby, que cresceu muito e já tem carro. Visitámos locais novos, como Gettysburg e Occoquan, e também comemos muito bem.
Fotos do período:
Pois é, queridos amigos, foram umas férias magníficas passadas na velha Albion. Durante as duas semanas que duraram, tivemos a gostosa oportunidade de nos deliciarmos com a saborosíssima e variada culinária local. Podem acreditar todos aqueles que ao longo de muitas décadas me têm afirmado que no Reino Unido se come mal. Só pode ser por desconhecimento. Come-se muito bem mesmo!
Deixarei as imagens de pessoas e lugares para mais tarde, após ter processado todo o material recolhido. Mas, para já, somente queria deixar expresso o nosso obrigado ao país pela sua excelente comida. Em 15 dias de almoços e jantares, comendo sempre especialidades diferentes, foi um autêntico festival gourmet. Quantos quilos a mais isso vai representar na balança não interessa de imediato. Oportuna dieta derrubará o excesso…
Até breve!
Em complemento ao post anterior (Aniversários), vejam um filmezinho que dá uma ideia geral do ambiente que nos rodeia.
Da Rebecca, no dia 11 de Maio, que fez 18. Da Sophia, no dia 5 de Junho, que fez 15.
Na foto, a Rebecca e o namorado de há muitos anos, Felipe.
Na outra foto, 3 gerações de Dores.
Pois é, meus amigos. A notícia chegou hoje às parangonas de todos os jornais, físicos ou virtuais em todo o mundo. Juntando-se à velha e desgraçada Grécia, Portugal está à beira da bancarrota, da total insolvência económica e financeira.
Se esta notícia foi surpresa para alguém, não sei. Para mim, a grande surpresa foi quanto tempo demorou para se chegar ao presente impasse. Há mais de 30 anos que eu vinha dizendo que a bagunça esbanjatória em que se vivia somente poderia conduzir a este desfecho. Qualquer cidadão mais ou menos habituado a administrar uma empresa, ou até mesmo um orçamento familiar, podia ver que os governantes portugueses do pós 25 de Abril, não têm tido a menor noção dessa matéria. Aqui está agora a prova irrefutável do que venho dizendo…
Portugal sempre foi um país pobre - desde a sua fundação. Escasso de matérias-primas, senhor de uma agricultura improdutiva e insuficiente, jamais colheu o suficiente para alimentar a sua população. Por isso, desde muito cedo procurou suprir as suas necessidades básicas com bens oriundos do exterior. Assim, lançou-se, logo a partir da 2ª dinastia, numa conquista de terras, mercados e rotas de comércio, criando um enorme império colonial global que lhe garantiu a sobrevivência até 1974. Quando o regime salazarengo caiu em 74, os cofres públicos estavam a abarrotar e o escudo era uma das moedas mais estáveis do mundo. Procedeu-se então à “descolonização exemplar” que arruinou as finanças da ex-metrópole e das ex-colónias.
Os governos que desde então se sucederam, encontraram na teta da vaca da União Europeia os fundos de que necessitavam para garantir o seu parasitismo e disfarçar a sua incompetência. Acontece que a vaca europeia secou o leite. E pronto!… Agora salve-se quem puder!
Segundo o calendário, encontramo-nos em pleno Outono no Hemisfério Sul. Todavia, como o clima do planeta se está nas tintas para calendários, vive-se em autêntico Verão na cidade de Campinas. Temperaturas máximas a roçar os 30 graus e mínimas na ordem dos 18 não são típicas do Outono nesta região sub-tropical do Brasil. Por isso, vamos desfrutando desta prenda da natureza com genuíno prazer.
Ontem passou mais um 25 de Abril, o que sempre me desperta emoções em conflito. Ah, como aquela data me relembra a grande esperança que a quebra dos grilhões do fascismo suscitou! Mas como ela também marcou o início de um processo de degradação nacional que acabou por conduzir ao estado em que o país hoje se encontra…
É claro que não sou ingrato ao ponto de culpar o 25 de Abril, e muito menos os seus bravos executores, pelo arraial de desditas em que o país se afundou. Afinal, os militares de Abril cumpriram o que prometeram. O problema é que a classe política surgida no pós-Abril não correspondeu a nenhuma das expectativas do povo. O único partido político digno desse nome que existia na clandestinidade era o Comunista. Tirando partido dessa vantagem, ele tentou ocupar o vazio deixado pela União Nacional, já que entre comunismo e fascismo a única diferença é o rótulo. Tudo o resto, desde a polícia política até ao controle dos sindicatos, estava em ponto de rebuçado para a tomada do poder pelos comunas. E, se não fosse mais uma intervenção dos militares em 25 de Novembro de 1975, tê-lo-iam conseguido.
O assassinato do Chico Sá Carneiro em 1980 veio acabar definitivamente com as esperanças de que Portugal pudesse transformar-se numa real democracia. A derrocada transformou-se numa gigantesca bola de neve que aumenta de volume até ao presente.
Para mim, a maior desilusão foi o Partido Socialista. Militei nele desde os primeiros dias mas abandonei-o, desanimado, durante o desastroso primeiro governo de Mário Soares. Não quis partilhar das benesses do poder e fiquei revoltado com a incompetência e desonestidade com que os meus ex-camaradas conduziam a coisa pública. Foi quando comecei a pensar em emigrar, porque não podia mais suportar o ambiente instalado.
Em boa hora o fiz. E agora, desfrutando deste Outono paradisíaco, neste país não menos paradisíaco, dou graças aos Céus pelo privilégio de aqui estar. Têm sido 23 anos de felicidade. Obrigado, Brasil!